Tu és praia, eu mar.
Avanço e retrocedo sobre
A pele clara. Te mostras
E escondes na sombra azul.
Te tomo e te devolvo,
Tu me salgas e acalmas.
Tu és ave, eu ar.
Sou o rio que percorres,
Tu o viajante que me dá
Nome. Te suspendo pelos
Dedos, me acaricias no teu
Nado, passo alado.
Tu és chama, eu madeira.
Eu te canto, tu danças
Em meu corpo, te beijo
E tu me abraças. Estalo
Um riso e tu brilhas.
Alguém nos olha e já não
Somos? Tolice, tornamos.
Nos chamam calor, luz,
Fumaça. Que importa a
Desinência?
Ela nomeia a mesma e
Inseparável existência.
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