terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Sentido

 Que mais quer a seta livre
 Senão deixar o espaço e
 No destino deitar abraço.
 Da aljava esquece o pouso,
 Da corda tesa alça vôo.

 Não considera tempo nem a
 Palma, que rouba da madeira
 A alma, com golpes certos
 Afila a forma que à seu
 Serviço o desejo adorna.

 Sou eu a seta que destino
 Fez madeira e vida obrou
 Desta maneira, que viveu
 Alheio o fluir do tempo e
 Nos lugares seu momento.

 Só sou quando a ti abraço.
 Ao nada deixo a sombra do
 Meu rastro, pois tu és o
 Alvo, senda, a memória,
 Da minha vida a história.

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