segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Dela


A nudez da mulher é secreta, íntima, própria.
Não se pode furtá-la pelo olhar, é um estado de plena consciência de si.
A pele, o calor, os cheiros, as formas e pêlos, os cabelos agitados correndo pelos ombros
Os pés sentindo o chão e seus dedos tateando as fissuras e encaixes na madeira, o tecido da cortina afastado suavemente pelas mãos, tocando de leve os seios e deixando o calor do sol inundar o ventre e coxas.
O vento roça sua pele, envolve e abraça com dezenas de mãos ansiosas, e ela cerra de leve os olhos, ao contrair suave as costas, e sentir o secreto mover do sexo.
A fotografia ilude quem deseja saborear o feminino despido.

Não se pode, certamente, furtar da mulher a sua nudez.


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